QUALIDADE AGROINDUSTRIAL DO EXTRATO ETÉREO E PROTEÍNA NOS GRÃOS DE SOJA: efeito acumulativo de composto de lodo de esgoto e inoculação com Azospirillum brasilense
DOI:
https://doi.org/10.52138/sitec.v5i1.548Palavras-chave:
Glycine max; matéria orgânica; grãos; biotecnologia; sustentabilidade.Resumo
A soja (Glycine max L.) é uma das principais culturas brasileiras, com alta exigência nutricional. A atual crise dos fertilizantes minerais e os desafios ambientais relacionados ao descarte de resíduos urbanos, como o lodo de esgoto (LE), abrem espaço para alternativas sustentáveis. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de doses acumuladas de composto de lodo de esgoto (CLE), com e sem inoculação de Azospirillum brasilense, sobre o extrato etéreo e a proteína bruta dos grãos de soja. O experimento utilizou quatro doses de CLE (15,0; 22,5; 30,0; 37,5 Mg ha⁻¹, base úmida) e uma testemunha com adubação mineral convencional (NPK 08–28–16); foram analisadas as variáveis de qualidade agroindustrial (extrato etéreo e proteína nos grãos). Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão polinomial. Não houve interação significativa entre doses de CLE e inoculação, a inoculação isolada também não influenciou as variáveis analisadas. Por outro lado, as doses de CLE influenciaram significativamente (p ≤ 0,05) o teor de extrato etéreo, com resposta linear crescente, variando de 20,23% a 21,38%. A proteína bruta dos grãos quando utilizados as diferentes doses de CLE não apresentou diferença estatística, apresentando valores entre 29,30% e 30,27%, quando comparada à adubação mineral (21,03% de extrato etéreo e 30,05% de proteína). Conclui-se que o uso de CLE é uma alternativa viável à adubação mineral, promovendo a manutenção da qualidade dos grãos e contribuindo para a reutilização de resíduos urbanos de forma ambiental e economicamente sustentável.