RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS UTILIZADOS PARA FABRICAÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52138/citec.v16i1.394

Palavras-chave:

Etanol celulósico; Biocombustíveis; Restos culturais; Destinação correta; Biorrefinaria.

Resumo

Diante dos desafios climáticos impostos nos últimos anos, faz com que a redução da quantidade de gases de efeito na atmosfera se torne prioridade para a maioria dos países. A produção de biocombustíveis se torna aliado desta estratégia nos esforços de redução das emissões dos gases. Dentro deste contexto, o objetivo da presente revisão de literatura foi verificar o uso de resíduos agroindustriais para a produção de etanol de segunda geração ou 2G disponíveis, como forma ambiental correta de destinação. Para tanto, foi realizada revisão de literatura sobre o status da produção de etanol 2G no Brasil, com base principalmente em bagaço de cana-de-açúcar e as principais dificuldades encontradas. Além disso, outros resíduos culturais como de banana, café, citros, algodão, soja, denominadas não-convencionais foram abordadas e verificou-se que a produção do biocombustível celulósico é economicamente viável. É descrita a produção de etanol 2G com dois tipos de resíduos de culturas diferentes na mesma metodologia. Ademais, para tornar a produção de etanol 2G mais rentável, existe a possibilidade de se juntar outros biocombustíveis como biodiesel e biogás que seriam produzidos na mesma biorrefinaria, com resíduos que sobram da produção do álcool celulósico. O etanol 2G é um dos caminhos para produção de energia mais sustentável e, mais importante, dará destinação ambiental aceitável a resíduos considerados sem valor econômico.

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Publicado

2024-11-29

Como Citar

DOS SANTOS VICENTE, Mariana; VICENTE, Matheus; ANTÔNIO VICENTE, Marco; MADALENO, Leonardo Lucas. RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS UTILIZADOS PARA FABRICAÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO. Ciência & Tecnologia, [S. l.], v. 16, n. 1, p. e16116, 2024. DOI: 10.52138/citec.v16i1.394. Disponível em: https://publicacoes.fatecjaboticabal.edu.br/citec/article/view/394. Acesso em: 8 dez. 2024.

Edição

Seção

Biocombustíveis.