IMPACTO DAS IMPUREZAS VEGETAIS NO SETOR SUCROENERGÉTICO: resultados no processo fermentativo para produção de bioetanol empregando as variedades de cana-de-açúcar RB975201 e cana energia tipo I Vertix 3

Laís Araujo; Márcia Justino Rossini Mutton; Lidyane Freita; Natalia Novais Ribeiro; Kátia Natale

doi:10.52138/citec.v17i01.424

Authors

Laís Araujo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP Campus Jaboticabal
Márcia Justino Rossini Mutton
Lidyane Freita
Natalia Novais Ribeiro
Kátia Natale

DOI:

https://doi.org/10.52138/citec.v17i01.424

Keywords:

fermentação, matéria-prima, qualidade, Saccharomyces, Saccharum

Abstract

A cana-de-açúcar possui enorme relevância econômica no Brasil e no mundo. Além de ser a matéria-prima mais utilizada no nosso país para a produção de açúcar e etanol, a cultura desempenha papel na transição energética com destaque na geração de energia elétrica. A busca sustentável pelos biocombustíveis cresce a cada ano com a missão de reduzir a emissão de gases efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis. Para atender à crescente demanda interna e externa, a cana energia é uma alternativa para o aumento de produção de bioetanol; no entanto, dados tecnológicos sobre o processo fermentativo são escassos. Cada vez mais presente no processo, a colheita mecanizada pode acarretar o aumento de impurezas na matéria-prima. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das impurezas vegetais no processamento da cana comercial RB975201 e cana energia tipo 1 – utilizada como matéria-prima complementar, para obtenção de bioetanol. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados num esquema de parcelas subdivididas (slip-plot), com 4 repetições. Os tratamentos principais foram caracterizados pelas variedades de cana (RB975201 e Vertix 3 Tipo 1) e os secundários aos teores de impurezas vegetais (0%, 25%, 50%, 75% e 100%). Foram avaliadas características químico-tecnológicas do mosto: ART e acidez total, microbiota fermentativa e determinações tecnológicas no vinho: glicerol, acidez total, teor alcoólico e eficiência fermentativa. O ART do mosto foi superior na cana comercial e o resultado desta análise diminuiu significativamente com o aumento de impurezas. A levedura fermentadora utilizada neste estudo não foi afetada pelas impurezas e apesar da eficiência fermentativa e teor alcoólico não possuírem diferenças significativas entre os tratamentos primários e secundários, eles diminuíram em resposta ao acréscimo de impurezas.

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