IMPACTO DAS IMPUREZAS VEGETAIS NO SETOR SUCROENERGÉTICO: resultados da qualidade da matéria-prima de cana-de-açúcar RB975201 e cana energia tipo I Vertix 3

Laís Araujo; Lidyane Freita; Natalia Novais Ribeiro; Kátia Natale; Márcia Justino Rossini Mutton

doi:10.52138/citec.v17i01.422

Autores/as

Laís Araujo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP Campus Jaboticabal
Lidyane Freita
Natalia Novais Ribeiro
Kátia Natale
Márcia Justino Rossini Mutton

DOI:

https://doi.org/10.52138/citec.v17i01.422

Palabras clave:

biocombustível, indústria, matéria-prima, qualidade tecnológica, Saccharum

Resumen

A cana-de-açúcar se destaca como uma cultura de notória relevância e impacto econômico no Brasil. Em 1970/1971 – tempo do Planalsucar e Proalcool, o Brasil possuía cerca de 1,7 milhões de hectares de cana, na safra 2024/2025 foram colhidos 8,4 milhões de hectares que resultaram em 676 milhões de toneladas de cana. Com isso, a necessidade de uma matéria-prima de qualidade passa a ser uma fonte de enorme interesse para geração de produtos nas biorrefinarias. Como matéria-prima múltipla, a cana energia apresenta grande potencial para atender à crescente demanda de biocombustível, eletricidade, biopolímeros e biofármacos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das impurezas vegetais no processamento da cana comercial RB975201 e cana energia tipo 1 – utilizada como matéria-prima complementar, para obtenção de bioetanol. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados num esquema de parcelas subdivididas (slip-plot), com 4 repetições. Os tratamentos principais foram caracterizados pelas variedades de cana (RB975201 e Vertix 3 Tipo 1) e os secundários aos teores de impurezas vegetais (0%, 25%, 50%, 75% e 100%). Foram avaliadas características químico-tecnológicas do caldo extraído: Brix, Pol, pureza, ART, AR, amido (ppm), compostos fenólicos (ppm), acidez total e pH. Os resultados obtidos indicam que o caldo extraído da cana comercial (RB975201) possui maiores teores de Brix, Pol, Pureza e ART, enquanto o caldo da cana energia (Vertix 3) apresentou maiores teores de açúcares redutores, amido e compostos fenólicos. Dentre os parâmetros analisados, somente pH e acidez total não foram impactados significativamente com a adição das impurezas vegetais.

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